terça-feira, 27 de janeiro de 2015

A História Secreta dos Jesuítas Edmond Paris. «O protestantismo deve ser conquistado e usado para o benefício dos papas, era a proposta pessoal de Inácio de Loyola ao papa Paulo III. Os jesuítas começaram a trabalhar imediatamente, infiltrando-se em todos os grupos protestantes…»

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«(…) Os homens mais perigosos são aqueles que aparentam muita religiosidade, especialmente quando estão organizados e detêm posições de autoridade, contando com o profundo respeito do povo, o qual ignora o seu sórdido jogo pelo poder nos bastidores. Esses homens chamados religiosos, que fingem amar a Deus, recorrerão ao assassinato, incitarão revoluções e guerras, se necessário, em apoio à sua causa. São políticos ardilosos, inteligentes, gentis e de aparência religiosa, vivendo num obscuro mundo de segredos, intrigas e santidade mentirosa. Esse padrão humano, espiritualmente falando, pode ser verificado entre os escribas, fariseus e saduceus do tempo de Jesus Cristo. Os pastores primitivos observavam muito do antigo sistema babilónico, além da Teologia judaica e da Filosofia grega. Todos eles perverteram a maior parte dos ensinamentos de Cristo e dos seus apóstolos, construindo as bases para a máquina do catolicismo romano, que estava por vir. Piamente, atacaram, perverteram, acrescentaram e suprimiram da Bíblia. Esse espírito religioso anticristão, trabalhando através deles, pode ser visto novamente quando Inácio de Loyola criou os jesuítas para, secretamente, atingir dois grandes objectivos da instituição católica romana: Poder político universal; Uma igreja universal, no cumprimento das profecias de Apocalipse. No momento em que Inácio de Loyola apareceu em cena, a Reforma Protestante tinha danificado seriamente o sistema católico romano. Ele chegou à conclusão que a única possibilidade de sobrevivência para a sua igreja seria através do reforço dos cânones. Isso aconteceria não pelo simples aniquilamento das pessoas, conforme os frades dominicanos se incumbiam de fazer através da Inquisição (maldita), mas pela infiltração e penetração em todos os sectores da sociedade. O protestantismo deve ser conquistado e usado para o benefício dos papas, era a proposta pessoal de Inácio de Loyola ao papa Paulo III.
Os jesuítas começaram a trabalhar imediatamente, infiltrando-se em todos os grupos protestantes, incluindo-se as suas famílias, locais de trabalho, hospitais, escolas, colégios e demais instituições. Actualmente, têm a sua missão praticamente concluída. A Bíblia coloca o poder de uma igreja local nas mãos de um pastor de Deus. Os astutos jesuítas, no entanto, conseguiram com sucesso tirar aquele poder das denominações evangélicas ao longo do tempo, tendo conseguido agora lançar quase todas as denominações protestantes nos braços do Vaticano. Isso foi exactamente o que Inácio de Loyola se propôs a atingir: uma igreja universal e o fim do protestantismo. Na medida em que o leitor for se aprofundando na leitura do livro, perceberá a existência de um paralelo entre os sectores religioso e político. Revela a infiltração dos jesuítas nos governos e nações do mundo, para manipulação do curso da História, erguendo ditaduras, enfraquecendo democracias, abrindo caminho para a anarquia social, política, moral, militar, educacional e religiosa». In Alberto Rivera

«Um escritor do século passado, Adolphe Michel, lembrava que Voltaire estimava em seis mil o número de obras publicadas sobre os jesuítas àquela época. A que número chegaremos dois séculos depois?, perguntava Adolphe Michel, apenas para terminar em seguida: Não importa. Enquanto houver jesuítas, livros terão de ser escritos contra eles. Nada mais pode ser dito de novo sobre eles, mas as novas gerações de leitores surgem todos os dias, e esses leitores procurarão por livros velhos? A razão a qual acabamos de mencionar seria mais do que suficiente para justificar a retomada desse assunto exaustivamente discutido. De facto, muitos dos primeiros livros retratando a história dos jesuítas não podem mais ser encontrados. Apenas em bibliotecas públicas ainda podem ser consultados, o que os torna inacessíveis à maior parte dos leitores. Com o propósito de informar sucintamente ao público em geral, pareceu-nos necessário um sumário dessas obras. Há também outra razão, tão importante quanto a que acabamos de mencionar. Ao mesmo tempo em que as novas gerações de leitores surgem, novas gerações de jesuítas aparecem, e estes, trabalham ainda hoje, com os mesmos métodos tortuosos e tenazes com os quais tão frequentemente no passado fizeram funcionar os reflexos defensivos de nações e governos. Os filho de Loyola, mais do que nunca, são a ala dominante da Igreja Romana. Tão bem disfarçados quanto antigos, continuam a ser os mais eminentes ultramontanos; os agentes discretos mas eficazes da Santa Sé em todo o mundo; os campeões camuflados da sua política; a arma secreta do papado. É ao mesmo tempo uma retrospectiva e actualização da história do jesuitismo. Pelo facto da maioria das obras referentes aos jesuítas não mencionarem o papel primordial deles nos eventos que estão subvertendo o mundo nos últimos anos, acreditamos ter chegado o momento de superarmos essa lacuna ou, mais precisamente, iniciarmos com nossa modesta contribuição um estudo ainda mais profundo sobre o assunto. Fazemo-lo, sem ignorar os obstáculos a serem enfrentados pelos autores não, apologistas, desejosos de tornarem públicos escritos sobre esse assunto tão incandescente. De todos os factores integrantes da vida internacional, em momentos cheios de confusões e transtornos, um dos mais decisivos, e ainda não suficientemente reconhecidos, reside na ambição da Igreja Romana». In Edmond Paris, Histoire secrète des jésuites, A História Secreta dos Jesuítas, tradução de Josef Sued, 1997, Chick Publications, 21ª edição, Fundação Biblioteca Nacional, 2000, ISBN 093-795-810-7.

Cortesia de FBN/JDACT