domingo, 31 de agosto de 2014

Música Celta no 31. Salette Tavares. «No surgir da manhã chamei-te imagem na ternura maravilha do meu olhar de sede recolhi-te gota de desejo canto encontrado na sombra de meus dedos»

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«O poço não é o mar
a rua não é o rio
janela não é castelo
o frio não vazio.
O olho não é a lua
o barco não é o peixe
caranguejo não é beijo
caravela não é vela.
A neve não é o lírio
o sorvete não é mel
sintoma não é suspiro
e folha não é papel.
Mariposa não é cor
laranja não é limão
ilusão não é amor
favo não é coração»


«No surgir da manhã chamei-te imagem
na ternura maravilha do meu olhar de sede
recolhi-te gota de desejo
canto encontrado na sombra de meus dedos.
De sonho te vesti.
Fui eu que te inventei os gestos, o sorriso,
o porte que te moves e respiras,
e, lentamente no meu seio atento,
todo o resto de calor que em mim trazia
foi sol que se vai pôr
multiplicado de volúpia e de fulgor»

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