sexta-feira, 19 de agosto de 2011

A forja da Nação Americana: «O detonador da Guerra da Independência, que durou de 1775 a 1783, foi a vontade dos colonos americanos de deixarem de ser governados sem representação no parlamento da coroa britânica»

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«Marco da história do Ocidente, a independência dos Estados Unidos propiciou os processos de libertação das restantes nações americanas, e também a série de revoluções burguesas que mudaram a face da Europa, assentando as bases da democracia moderna.

Fruto maduro dos valores do Iluminismo, a independência dos USA constituiu a materialização dos ideais liberais desenvolvidos em finais do século XVIII. A nova nação que surgiu deste processo, que acabaria por liderar, século e meio depois, o mundo ocidental, exerceu uma influência determinante nas revoluções burguesas que, começando pela Revolução Francesa, transformariam progressivamente as nações europeias e dariam origem às latino-americanas ao longo do século XIX.
O detonador da Guerra da Independência, que durou de 1775 a 1783, foi a vontade dos colonos americanos de deixarem de ser governados sem representação no parlamento da coroa britânica.
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Calcula-se que entre 40 e 45% dos colonos se opunham, entre 15 e 20% permaneceriam leais, e entre 35 e 45% se manteriam neutrais. Em 1776, representantes de todas as colónias americanas designaram o «Comité dos Cinco» formado por Thomas Jefferson, John Adams, Benjamim Franklin, Robert Livingstone e Roger Sherman, para delinearem a Declaração de Independência a partir da redacção original do primeiro, Jefferson, que seria o terceiro presidente do país, e que serviu para as treze colónias americanas proclamarem uma nova nação: os Estados Unidos da América.

A Constituição dos Estados Unidos
Em 1778, os americanos aliaram-se à França, que interveio na guerra apoiando as colónias americanas na sua luta contra a coroa britânica. Juntaram-se-lhes depois a Espanha e a Holanda, ambas rivais dos Britânicos. Depois da derrota definitiva dos ingleses, os representantes das duas partes em litígio, John Adams, Benjamin Franklin e John Day pelos Estados Unidos e David Hartley em nome do rei Jorge III da Grã-Bretanha, assinaram em 1783 o Tratado de Paris, que estabeleceria a paz e reconheceria a independência e soberania da nação americana, situada no território compreendido entre o Canadá, a norte, a Florida, a sul, e o rio Mississípi, a oeste. A França, a Espanha e a Holanda negociaram outros acordos bilaterais.

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O ponto mais difícil de superar para a aprovação da Constituição de 1787 foi, sem dúvida, a escravatura. Os escravos constituíam um quinto da população da União, mas nos estados do Sul chegavam a representar cerca de 40%. Os do Norte eram partidários da abolição, mas os do Sul ameaçavam abandonar a União se não se aceitasse a escravatura na Constituição. Apesar de se ter chegado a um acordo nesta ocasião, a discrepância desencadearia a Guerra Civil um século depois.
O processo de independência consolidou-se finalmente na Convenção de Filadélfia, na qual os representantes de todos os estados da União, entre os quais se encontrava Benjamim Franklin pela Pensilvânia, designaram George Washington para presidi-la e estabeleceram a Constituição dos USA, o marco fundamental da história deste país. Em 1789, George Washington foi eleito presidente do primeiro governo dos Estados Unidos». In Liberty Bell, Filadélfia.

Cortesia de Liberty Bell/JDACT