terça-feira, 19 de abril de 2011

Ludwik L. Zamenhof: O Esperanto. «Em 1954, a UNESCO passou a reconhecer formalmente o valor do Esperanto para a educação, a ciência e a cultura. Em 1985, novamente a UNESCO recomendou aos países membros a difusão do Esperanto»

Primeira edição do Unua Libro, em russo
Cortesia de wikipedia

Ludwik Lejzer Zamenhof vivia em Białystok, actualmente na Polónia, onde moravam muitos povos e falavam-se muitas línguas, dificultando a compreensão nas mais quotidianas situações, motivando Zamenhof a criar uma língua auxiliar neutra, a fim de solucionar o problema.
Durante a adolescência, criou a primeira versão da «lingwe universala», uma espécie de Esperanto arcaico. Entretanto, Zamenhof foi para Moscovo estudar medicina.
O primeiro livro sobre o Esperanto foi lançado em 26 de julho de 1887, em russo, contendo as 16 regras gramaticais, a pronúncia, alguns exercícios e um pequeno vocabulário. Logo depois, mais edições do Unua Libro foram lançadas em alemão, polaco e francês. O número de falantes cresceu rapidamente nas primeiras décadas, primordialmente no Império Russo e na Europa Oriental, depois na Europa Ocidental, nas Américas, na China e no Japão. As primeiras revistas e obras originais em Esperanto começaram a ser publicadas.

Cortesia de gentesdoaltominho
Em 1905 aconteceu o I Congresso Universal de Esperanto, em Bolonha-sobre-o-Mar, na França, juntando quase mil pessoas, de diversos povos.
Todo o movimento esperantista avançava a passos largos e seguros, mas com o evento das duas guerras mundiais o movimento teve um recuo assustador:
  • as tropas comandadas pelo «maldito» Hitler perseguiam e matavam os esperantistas na Alemanha e nos países dominados,
  • as tropas de Estaline faziam o mesmo na Rússia,
  • a família de Zamenhof foi gradualmente dizimada,
  • no Japão e na China, a perseguição ao Esperanto também ganhou proporções assustadoras.
Após a II Grande Guerra, o esperanto reergueu-se. Em 1954, a UNESCO passou a reconhecer formalmente o valor do Esperanto para a educação, a ciência e a cultura. Em 1985, novamente a UNESCO recomendou aos países membros a difusão do Esperanto.

Cortesia de cordovaluis
Após 1995, com a popularização e disseminação da NET, o movimento esperantista ganhou uma nova força propulsora. O Esperanto é utilizado em viagens, correspondência, intercâmbio cultural, convenções, literatura, ensino de línguas, televisão e transmissões de rádio.
O Esperanto é a língua «planejada» mais falada. Ao contrário da maioria das outras línguas, o Esperanto saiu dos níveis de projecto e semilíngua.

Cortesia de wikipedia/JDACT