segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Lisboa: Parte I. Descubra as suas arquitecturas. «Para ocidente, em direcção a Belém, encontra-se a Lisboa dos Descobrimentos. Para oriente, emerge a Lisboa do futuro»




Cortesia de turismobicodocorvo

A história de Lisboa é um mosaico arquitectónico marcado por filas de casas brancas, palacetes e muralhas, igrejas e mosteiros, torres e colunas, todos eles marcos e testemunhos imóveis da crónica da cidade contada pedra a pedra.
No centro histórico, reduto da cidade antiga, o guardião das primeiras recordações de Lisboa é, sem dúvida, o castelo de S. Jorge, conquistado aos mouros por D. Afonso Henriques em 1147. Sendo uma fortificação muçulmana, o castelo converte-se no Palácio real das primeiras dinastias de Portugal. Desde a colina do castelo até ao rio, estende-se o castiço bairro de Alfama, convidando a uma aventura pelas ruelas sinuosas e pelas escadinhas infinitas, como se se tratasse de um labirinto mágico, visto desde o alto do grandioso mosteiro de S. Vicente de Fora, monumental obra de fachada italiana concluída em 1627.

Cortesia de embaixadaportugalbrasil
Durante o percurso até ao rio, apetece entrar na Casa dos Bicos, um dos edifícios mais curiosos da cidade, assim chamado pela decoração das paredes exteriores, talhada em ponta de diamante, no mais puro estilo renascentista.
No sopé da colina, se revisita a Lisboa medieval na fachada da Sé. Construída em 1150, no local onde existia uma antiga mesquita, a catedral de Lisboa de estilo românico-gótico, ainda que nos claustros se descubram vestígios românicos e visigodos.
Seguindo pela zona ribeirinha, chega-se à Praça do Comércio, onde a cidade abraça o rio Tejo. Uma das maiores da Europa, com 36000 m2, aproximadamente, a praça mais a zona da Baixa, revela o carácter arquitectónica geométrico da Lisboa pombalina do século XVIII.



Cortesia de arrakeen
A norte da praça, passando por baixo do Arco da Rua Augusta, o caminho aponta para uma cidade oitocentista, simbolizado pela agradável elegância do Elevador de Santa Justa, obra de ferro trabalhado, de estilo neogótico e realizada pelo mestre Mesnier du Ponsard.
Mais acima, surge a Praça de D. Pedro IV, o Rossio, coroada pelo Teatro Nacional D. Maria II, um dos principais cenários da cidade, inaugurado em 1846, onde anteriormente se erguia o palácio da Inquisição. A dois passos de teatro encontra-se a Estação Ferroviária do Rossio, com uma fachada de estilo neomanuelino e com plataforma de embarque em ferro, um exemplo da arquitectura pública da era industrial.
Mas é no Chiado que se respira o ambiente burguês da Lisboa de fim de século, repleta de teatros, de fachada neoclássica e de cafés ricamente decorados. Caminhando até ao rio, chega-se à Ribeira das Naus.



Cortesia de escapadelas 
Chega o momento de decidir que caminho a seguir.
Para ocidente, em direcção a Belém, encontra-se a Lisboa dos Descobrimentos. Neste autêntico museu ao ar livre surge um estilo arquitectónico único, o manuelino. O Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém mantêm vivo o esplendor deste género português, produto das riquezas e influências que os novos mundos trouxeram a esta metrópole imponente e cosmopolita dos séculos XV e XVI. Entre o mosteiro e o rio, a monumental paisagem vê-se marcada pela modernidade arquitectónica do complexo Centro Cultural de Belém, um projecto do arquitecto português Manuel Salgado e do consórcio do arquitecto italiano Vottorio Gregotti, revestido de pedra calcária.



Cortesia de destinosdeviagem
No extremo oposto, para oriente, emerge a Lisboa do futuro. Revelada ao mundo com a Expo 98, a cidade do século XXI se reflecte na arquitectura contemporânea do Parque das Nações. Aqui se incluem edifícios como:
  • O Oceanário de Lisboa, obra do norte americano Peter Chermayeff;
  • O Pavilhão de Portugal, do arquitecto Siza Vieira;
  • O complexo da Estação do Oriente, do arquitecto espanhol Santiago Calatrava;
  • O Pavilhão Atlântico, do arquitecto Regino Cruz.
Nesta nova zona nobre da cidade se elevam, num raio de poucos quilómetros, os símbolos da faceta vanguardista da capital


Cortesia de embaixadaportugalbrasil 

Continua.

Cortesia de Follow me Lisboa/JDACT