domingo, 29 de agosto de 2010

O Museu da Ciência, Universidade de Coimbra: «Parar a perda de biodiversidade é uma absoluta prioridade para a União Europeia e um objectivo essencial para a Humanidade»

Cortesia do MC da UC

Segredos da Luz e da Matéria
A exposição explora o tema da luz e da matéria, a partir dos objectos e instrumentos científicos das colecções da Universidade de Coimbra. O nosso conhecimento sobre a luz e a matéria está directamente relacionado com o desenvolvimento da ciência nos últimos quatro séculos. Um conjunto de experiências e módulos interactivos possibilitam a observação de fenómenos, desde a experiência de decomposição da luz de Newton até à neurobiologia da visão.
A luz está presente nas nossas vidas, das mais diversas formas. A luz é afinal o meio mais importante de que dispomos para conhecer o mundo. Os fenómenos da luz e da sua interacção com a matéria podem ser explorados em vários sentidos, como as propriedades da luz, a emissão e absorção da luz pela matéria, o Sol e a luz solar, a visão e a cor das coisas.

A luz pode ter origem ou fim nos átomos que constituem a matéria. A luz e a matéria são duas entidades indissociáveis. Esta relação é tão íntima que boa parte da história do Universo é conhecida pela radiação que foi emitida pela matéria e que chegou até nós. Quando a luz incide numa substância gasosa atomizada, uma parte dessa luz é absorvida, observando-se no espectro de luz decomposta um conjunto de barras verticais negras. Essas riscas funcionam como uma espécie de «impressões digitais» dos elementos: trata-se de um código identificador, semelhante, de algum modo, aos códigos de barras dos produtos que consumimos. A técnica chama-se espectroscopia.
 
Cortesia doMC da UC
A espectroscopia serve para conhecer a composição do Sol, para estudar a composição da atmosfera de planetas e satélites, como a de Titã, lua de Saturno, constituída principalmente por azoto e metano. Titã foi visitada pela sonda Cassini-Huyghens, um projecto conjunto das agências espaciais norte-americanas e europeia, NASA e ESA, cuja réplica pode ser observada no Museu.

A notável experiência de decomposição da luz realizada pelo físico inglês Isaac Newton em 1666 mostrou que a luz branca se podia decompor num conjunto de luzes de várias cores. Ficou assim explicado o fenómeno natural do arco-íris. Alguns dos belíssimos instrumentos de óptica do gabinete de física pombalino, ajudam a conhecer o estudo da luz ao longo dos séculos. A luz visível é apenas uma pequena parte de um conjunto bastante mais vasto formado pelas ondas da radiação electromagnética, o chamado «espectro electromagnético».
É bem conhecida a utilidade das radiações do espectro electromagnético: as ondas de rádio e televisão assim como as microondas têm aplicações nas telecomunicações, ao passo que os raios X e raios gama têm aplicações médicas tanto em diagnóstico como em terapia. Em 1800, o físico William Herschel descobriu a luz infravermelha. Ao colocar um termómetro na zona invisível perto da zona vermelha do espectro visível revelou uma nova radiação. Esta e outras experiências podem ser realizadas no Museu da Ciência.

Cortesia do MC da UC
 
Cortesia do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra/JDACT