quarta-feira, 7 de julho de 2010

João Gaspar Simões: Romancista, dramaturgo e biógrafo, é, todavia, como crítico literário que a sua actividade nas letras mais se impôs

(1903-1987)
Figueira da Foz
Cortesia de wikipédia
João Gaspar Simões foi um escritor polígrafo e multifacetado, ficcionista, dramaturgo, biógrafo, historiador da literatura portuguesa, ensaísta, memorialista, crítico literário, editor e tradutor.
Matriculou-se na Faculdade de Direito de Coimbra, vindo a concluir o curso, após várias interrupções. Com Branquinho da Fonseca funda a revista "Tríptico", e com o mesmo e José Régio a revista "Presença" (1927). Desde 1935 fixou-se em Lisboa, tendo sido bibliotecário da Biblioteca da Imprensa Nacional. Fundou e dirigiu, na sua 1ª fase, a Portugália Editora. Preparou para a imprensa, com Luís de Montalvor, a edição dos primeiros 4 volumes das "Obras Completas" de Fernando Pessoa.
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O seu 1º livro - de ensaios, publicados na "Presença" - foi publicado em 1929, sob o título de "Temas". O seu 1º romance (1932 - "Elói ou o romance numa cabeça") obteve o Prémio da Imprensa. Igualmente premiada foi a sua biografia "Eça de Queirós, o Homem e o Artista" (1945).
Romancista, dramaturgo e biógrafo, é, todavia, como crítico literário que a sua actividade nas letras mais se impôs. Sobretudo na modalidade de crítica imediata a obras contemporâneas, sendo as obras dos escritores da sua própria geração as avaliadas com menos preconceitos e melhor receptividade.
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Foi também crítico em jornais, dobrando-se em labor de escrita com a virtude de resistência adentro de polémicas, mais que elucidativas, travadoras de quem trabalha.

Outras obras suas, para além das mencionadas, são:
Romance
  •  "Uma História de Providência";
  • "Pântano";
  • "Amigos Sinceros";
  • "O Marido Fiel";
  • "Internato".    
 Teatro
  • "O Vestido de Noiva";
  • "Teatro";
  • "Marcha Nupcial".
 Ensaio
  • "Novos Temas";
  • "Velhos Temas";
  • "O Mistério da Poesia";
  • "A Arte de escrever romances";
  • "António Nobre, precursor da Poesia Moderna";
  • "Vida e Obra de Fernando Pessoa";
  • "Garret, vida e obra";
  • "Eça de Queirós, a obra e o homem";
  • "Antero de Quental, vida e obra";
  • "Júlio Dinis, a Obra e o Homem";
  • "Camilo Pessanha, a Obra e o Homem".
Crítica
  • "Crítica" (4 vols.);
  • "História da Literatura, História da Poesia Portuguesa" (3 vols.);
  • "História do Movimento da Presença";
  • "50 anos de Poesia Portuguesa";
  • "História do Romance Português" (3 vols).
(Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, 20 vols., secretariado por MAGALHÃES, António Pereira Dias; OLIVEIRA, Manuel Alves, 1ª ed., Lisboa, editorial Verbo, vol.17, 1973, pp.175-176)

Da esquerda para a direita:
José Régio, João Gaspar Simões, Albano Nogueira,
Fernando Lopes-Graça e Adolfo Casais Monteiro
Cortesia de mmp.cm-cascais
Em 1981 foi-lhe atribuído o grau de Grande Oficial da Ordem de Santiago da Espada. Foi sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras e colaborador da Enciclopédia Britânica. Durante vários anos foi sua companheira de vida e de trabalhos literários a escritora Isabel da Nóbrega. Em homenagem à importância da sua obra foi o seu nome atribuído a diversas ruas em Portugal. Na Figueira da Foz onde nasceu e em Foros de Amora (Seixal), na Aldeia de Juzo (Cascais), em Leça da Palmeira (Matosinhos) e em Albufeira (Algarve). No Brasil, no Bairro Diadema, distrito de Jabaquara, cidade de São Paulo (SP).

Cortesia de wikipédia/história da literatura/JDACT