sábado, 17 de abril de 2010

Ptolomeu: A Terra, como um todo, é sensivelmente esférica

(90 – 168)
Claudius Ptolemaeus, em português Cláudio Ptolomeu, foi um cientista grego que viveu em Alexandria, uma cidade do Egipto. Ele é reconhecido pelos seus trabalhos em matemática, astrologia, astronomia, geografia e cartografia. Realizou também trabalhos importantes em óptica e teoria musical.
A obra mais conhecida é o Almagesto, «O grande tratado» de astronomia. Esta obra é uma das mais importantes e influentes da Antiguidade Clássica. Nesta obra  está descrito todo o conhecimento astronómico babilónico e grego e nela se basearam as astronomias de Árabes, Indianos e Europeus até ao aparecimento da teoria heliocêntrica de Copérnico. No Almagesto, Ptolomeu apresenta um sistema cosmológico geocêntrico, isto é a Terra está no centro do Universo e os outros corpos celestes, planetas e estrelas, descrevem órbitas ao seu redor.

Estas órbitas eram relativamente complicadas resultando de um sistema de epiciclos, ou seja círculos com centro em outros círculos. Ptolomeu foi considerado o primeiro «cientista celeste».
Ptolomeu era uma das personalidade das mais célebres da época do imperador Marco Aurélio, sendo o último dos grandes sábios gregos e procurou sintetizar o trabalho de seus predecessores. Por meio de suas obras de astronomia, matemática, geometria, física e geografia, deu à civilização medieval o seu primeiro contacto com a ciência grega.
Outra obra é «Geographia» que contém todo o conhecimento geográfico greco-romano. Esta inclui coordenadas de latitude e longitude para os lugares mais importantes. Naturalmente, os dados da época tinham bastante erro e o mapa que apresenta carece de exactidão.

Ptolomeu é também autor do tratado «Óptica», um conjunto de cinco volumes sobre este tema, em que estuda reflexão, refracção, cor, e espelhos de diferentes formas. Escreveu também «Harmónica» um tratado sobre teoria matemática da música. Não posso esquecer a «Síntese Matemática», compêndio astronómico nos quais nos apresenta e desenvolve os argumentos a favor da teoria geocêntrica do universo.
O Almagesto tornou-se o principal texto sobre astronomia durante os dezasseis séculos seguintes, até Kepler fornecer os argumentos que consolidaram definitivamente a teoria heliocêntrica formulada por Copérnico.
«Pois, se ela fosse côncava, as estrelas que nascem apareceriam primeiro às pessoas do Ocidente; e se fosse plana, as estrelas nasceriam e se poriam para todas as pessoas ao mesmo tempo; e se ela fosse uma pirâmide, um cubo ou qualquer outra figura poligonal, ela apareceria ao mesmo tempo para todos os observadores na mesma linha reta. Mas nenhuma dessas coisas parece acontecer. E está claro, ademais, que não poderia ser cilíndrica com a superfície curva voltada ao nascimento e ocaso e as bases do plano voltadas para os polos do universo, o que alguns acham mais plausível. Pois assim, nenhuma estrela nunca estaria visível a nenhum dos habitantes da superfície curva e, ao invés disso, ou todas as estrelas nasceriam e se poriam para os observadores, ou as mesmas estrelas seriam sempre invisíveis para uma mesma distância de qualquer um dos polos a todos os observadores. E, ainda, quanto mais se avança para o polo norte, mas as estrelas do sul se escondem e as do norte aparecem. Deste modo, está claro aqui que a curvatura da Terra, cobrindo uniformemente as partes em direções oblíquas, prova sua forma esférica de cada lado». In Ptolomeu Almagesto, 1.5
profs.ccems/JDACT

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