quinta-feira, 22 de abril de 2010

Adriano Correia de Oliveira: Uma das vozes mais límpidas da nossa terra. Um «espelho» para a juventude

Cortesia de pedroturner
(1942-1982)
Adriano Maria Correia Gomes de Oliveira foi um músico português, intérprete do Fado de Coimbra e elemento da geração de cantores da resistência ao Estado Novo, conhecida como música de intervenção. Foi militante do PCP a partir da década de 1960, envolvendo-se nas greves académicas de 1962. Concorreu à Direcção da Associação Académica de Coimbra  numa lista apoiada pelo MUD.



Em 1963 editou o primeiro disco, «Fados de Coimbra», acompanhado por António Portugal e Rui Pato. Este disco continha o poema «Trova do vento que passa» de Manuel Alegre. Uma balada que o acompanhou ao longo da vida. Adriano foi um «modelo» onde nós nos revíamos, inclusivé com a minha barba «passa-piolho». Foi um «espelho» para a massa estudantil da minha época. 
Cortesia de José Santos Silva
Trocou a cidade do «bazófias», Coimbra,  pela cidade de Lisboa, onde trabalhou como produtor da Editora Orfeu. Em 1969, editou «O Canto e as Armas» com poemas de Manuel Alegre. Nesse mesmo ano ganhou o Prémio Pozal Domingues.
Em 1971 é editado o disco «Gente d'Aqui e de Agora», que marca o primeiro arranjo do maestro José Calvário. José Niza foi o principal compositor neste disco.
Em 1975 lançou «Que Nunca Mais», com direcção musical de Fausto e textos de Manuel da Fonseca. Este álbum levou a revista inglesa Music Week a elegê-lo como Artista do Ano.
Foi co-fundador da Cooperativa Cantabril. O seu último álbum, «Cantigas Portuguesas» foi editado em 1980.
Morre aos 40 anos de idade na sua terra natal de Avintes.

JDACT

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