quinta-feira, 11 de março de 2010

Almeida Garrett: Frei Luís de Sousa

Drama em três actos de Almeida Garrett, baseado livremente na vida de Manuel de Sousa Coutinho, que na vida eclesiástica assumiu o nome de Frei Luís de Sousa.  Esta obra  aconteceu no decorrer do século XVI e retrata a vida de Manuel Coutinho e da sua esposa D. Madalena de Vilhena, uma mulher muito supersticiosa, que acredita que qualquer sinal que achasse fora do normal era uma chamada de atenção para acções futuras. Enquanto que Manuel, um homem corajoso, patriota, provado historicamente que era possuidor de um grande amor por Madalena, não se importa com o passado da sua esposa, esta vive com muitos receios em relação ao facto do seu primeiro marido, D. João de Portugal, que, apesar de se pensar que terá sido morto na batalha de Alcácer Quibir, está ainda vivo e regressa a Portugal tornando ilegítimo o casamento de Manuel.

Este facto valoriza o amor, mesmo contra os ideais sociais da época. O dramatismo desta obra é mais acentuado quando o autor concede ao casal uma filha, D. Maria de Noronha, uma jovem que sofre de tuberculose. Pura, ingénua, curiosa, corajosa, perfeitamente inocente dos actos dos seus pais, é a personificação da própria beleza e pureza que se consegue originar mesmo num casamento condenável.
Um dos temas mais importantes da obra é, sem dúvida, o da liberdade de amar, mesmo contra as convenções sociais da época. A personagem de Maria de Noronha, a filha adolescente perfeitamente inocente dos actos de seus pais, é a própria personificação da beleza e da pureza que pode ser engendrada mesmo por uma relação socialmente condenável.
Frei Luís de Sousa, continua a ser considerado um clássico da literatura de língua portuguesa e uma das criações máximas do teatro e do cinema.
(Cenas do Frei Luís de Sousa, (António Lopes Ribeiro (realizador), Lisboa Filme (produção); Aquilino Mendes (fotografia); Luís de Freitas Branco (música).
Wikipédia/JDACT

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